Um Intervalo de Não-Tempo

Quando o universo chegar ao ponto de máxima expansão, um fenômeno único deverá ocorrer.

Haverá um momento em que ficarão suspensas todas as leis de manutenção criativa da matéria física e todos os processos materializadores. 

Por causa das velocidades relativas dos vários sistemas estelares, esse evento não será experimentado simultaneamente em todas as partes do universo, mas viajará como uma onda pelo mar da criação.

Existindo dentro desse movimento de não-tempo estará a atenção focalizada consciente do Criador, que, ao passar pelos mundos materiais, permanecerá e residirá em todas as formas de vida com circuito apto a espelhar sua essência. 

É o momento da penetração do Criador na Criação, o momento para o qual estamos tentando preparar você.

É o evento esperado pelas civilizações primitivas, “o retorno dos deuses”. 

Os Maias chegaram a datá-lo: segundo eles, ocorreria no que você identifica como dezembro de 2012. 

No entanto, apesar de várias de suas tradições se referirem ao que deve acontecer, nenhuma delas descreve adequadamente a magnitude do impacto que causará.

Nenhuma estrutura conceptual simples é capaz de transmitir a grandiosidade daquilo que está por acontecer.

Quem conhece as escrituras dos vários povos, deveria estar em posição de compreender o que está ocorrendo, pois são esses os tempos tão falados. 

No entanto, você deve perceber que Deus não inventou as palavras usadas nas escrituras. Apenas organizou-as na ordem que mais se assemelha ao que Ele queria dizer.

O que está acontecendo realmente necessita de toda a vida biológica para transmitir o seu sentido.

Às palavras podem representar esse sentido, mas não conseguem retraía-lo suficientemente bem sozinha. 

Se você quiser conhecer a verdade mais profunda das escrituras, não procure somente nas palavras, mas procure sentir o grande impulso espiritual na sua própria alma. 

É aí que a história viva se processa. De uma maneira que seria impossível à sua inteligência racional compreender, o evento esperado é história humana. 

Tudo o que aconteceu neste planeta até aqui foi apenas à sombra que veio antes.

Em sentido muito real, você não nasceu ainda. Ainda se encontra em estado embrionário. Você deverá ainda receber o toque da definição de Deus. 

Através dos longos anos da história humana, sua espécie vem formando as células que deverão constituir o aspecto diretivo do corpo físico do Criador dentro da Criação. 

A gestação neste planeta preparou o palco para a emergência do Ser Planetário que está agora tomando sua forma definitiva. 

Esse Ser Planetário é você.

Já lhe ocorreu que a probabilidade matemática de você estar aqui é infinitesimal? 

Se você não estivesse aqui, uma prova viva do impossível poder-se-ia apresentar um argumento perfeito para a sua não-existência. 

Na estrutura da lei que foi necessariamente instituída para criar e governar os mundos materiais, a existência de vida biológica não teria sido possível, a não ser pela penetração daquele momento único em que a lei foi sustada. 

Tal é a origem da biologia: a fusão do Espírito e da Matéria. O impacto desse momento criativo único é tão imenso e de alcance tão infindável que as ondas de choque enviadas para precedê-lo causaram toda a vida biológica que agora existe em seu planeta.

Você vive à sombra de um evento que ainda não aconteceu. No entanto é você, o seu eu, que, sob todas as camadas de falsa identidade e à medida que se aproxima cada vez mais da Terra, causa esse evento. 

No contexto da história, parece ter havido neste planeta uma progressão de formas de vida de complexidade crescente, que evoluem para níveis cada vez mais elevados de consciência. 

Pode parecer que houve um processo evolutivo. Mas não é verdade. O que está realmente ocorrendo é que a matéria da Terra está sofrendo a influência do seu corpo vibratório. Naturalmente, essa influência aumenta à medida que você se aproxima, mas será somente quando o centro de seu espírito tocar no centro da Terra que a Vida neste planeta estará plenamente manifesta na forma.

Não deve ser tão difícil compreender. 

O que tem considerado até aqui como história - ou, em outros termos, evolução da espécie - é somente o que você tem podido observar através do meio distorcido de uma inteligência fragmentada, bastante subjetiva, presa à orientação passado-futuro do tempo linear. Visto por essa perspectiva, o ato da Criação poderia parecer um processo sequencial  progressivo. 

Porém, à proporção que você se identifica com o espírito que lhe confere consciência, toma-se mais fácil: você está para chegar. Ainda está a caminho. Estar aqui, sentado, lendo estas palavras, é apenas uma reflexão adormecida de sua totalidade inconsciente enquanto se prepara para ser totalmente revelada no dia do despertar.

Sua verdadeira vida terá início quando o criador lhe der a Sua definição na forma. No ventre da história, sua espécie foi definida primariamente pela Mãe Terra que está ajudando no preparo da massa. Ela está apenas interessada em moldar a forma de acordo com a especificação. O único conhecimento que Ela tem do Espírito é que é ele que traz à tona seu potencial.

Quando o centro do Pai se fundir com o centro da Terra, a coletividade da consciência humana despertará para uma identidade de campo unificada. 

Você virá à luz. Depois, a influência da Matéria não afetará a sua consciência da mesma forma dominante como o fez no período de gestação histórica. 

A Terra continuará, por assim dizer, a alimentar a espécie por mais um milênio antes de você poder partir por si mesmo. Todavia, mesmo durante esse período, a influência do Pai será muito maior do que é hoje.

O Criador estabeleceu leis para governar a sujeição da energia. Através dessas leis de materialização, o universo físico é criado e mantido. Nos mundos materiais, essas leis são certas e adequadas. 

Porém, quando entram em relacionamento com a vida biológica, começam a se comportar de modo estranho. Da perspectiva da consciência, elas se traduzem em limitação, contração e, em ultima análise, em morte. Em termos psicológicos, as leis de materialização deram origem ao ego - uma identidade fictícia com sentido de temor, vulnerabilidade e necessidade de se proteger e de se defender. Não se deve associar a consciência espiritual com as forças que governam a sujeição da energia.

A justaposição histórica aconteceu através do processo chamado Queda. Durante o período de preparação da espécie, a presença da influência materializadora nos níveis de consciência foi infeliz, mas não crítica. Todavia, em função das vibrações intensificadoras do espírito criador que está agora quase alinhado com o centro deste planeta, as definições que foram impostas pela matéria não mais serão sustentáveis. 

O Próprio Criador dispersará essa influência retentora do planeta e, doravante, manterá todas as formas de vida nas suas adequadas expressões através de novas definições do Seu amor. A mudança será uma transição profunda para cada uma e para todas as identidades de forma, uma transição de tal magnitude que você apenas pode começar a supor o que seja.

Como evento coletivo, o momento de nascer ainda está a uma geração de distância. Mas, individualmente, esse evento transcende os limites do espaço e do tempo e, de fato, já está acontecendo. 

Seu nascimento individual acontecerá no momento exato do tempo linear em que você deixar de se debater com os seus padrões racionais de temor e abandonar-se à divina dança de direção interna. Você deve decidir se vai aceitar o inevitável num estado de amor e preparar-se adequadamente para isso, ou se vai apegar-se ao temor até o fim. Em última análise, são essas as duas únicas alternativas de resposta. 

Pelo tempo linear no qual esse evento ocorrerá, a humanidade estará polarizada de acordo com esses dois padrões de adaptação. Todos estarão definitivamente dentro de um ou do outro campo.

Para os seres humanos que já se sintonizaram com a vontade de Deus, o intervalo de não-tempo que está por vir irá literalmente se expandir na eternidade. Esses indivíduos estarão aptos a experimentar uma vida, ou muitas vidas, naquela eternidade, embora mantenham a opção de retornar, como representantes transformados do Ser da Vida na Terra, às suas projeções físicas. Serão nossos colaboradores durante o período do Despertar Planetário.

Outros, não tão sintonizados com as forças que serão libera¬das naquele momento, sentirão grandes impulsos de energia que perdurarão por um período indeterminado. Alguns poucos sentirão um temor intenso e muitos morrerão. Nesse momento, tudo o que tiver forma física, cada alma em cada mundo, sentirá alguma coisa, algo incrível, algo que, de acordo com as leis conhecidas da física, ou que ainda não foram descobertas, não poderia acontecer.

Mas estará aí, diante de todos os sentidos: um fato impossível, como o menino na manjedoura, como o sentido inconfundível no seu coração, uma incrível vibração de Verdade e Amor, tremeluzindo, cintilando, despertando cada nervo, cada vaso capilar, cada célula do seu corpo planetário.

Se a identidade-forma individual que neste momento lê estas palavras será ou não um Sobrevivente a participar do evento depende daquilo com o que se identifica e de quão graciosamente você pode se alinhar com a definição criadora de Deus. Se puder identificar-se com o fluxo de Vida através de seu Ser Planetário essencial, e liberar todas as definições subjetivas de quem você pensa ser, participará com alegria da celebração do aniversário. 

A definição dada por Deus a você em forma é mui¬to maior do que aquilo que você poderia imaginar para si mesmo. Durante este período de Despertar Individual, o primeiro dos três períodos criadores, você começa a ter a oportunidade de abraçar a verdadeira definição como pedra fundamental de sua existência.

Na Manhã da Criação, você ira reconhecer a Consciência Coletiva Unificada de toda a Humanidade como a sua verdadeira identidade. Você saberá, sem dúvida nenhuma, que você é a ponte entre o Espírito e a Matéria, entre o Criador e a Criação, entre a Vida e as formas através das quais flui a Vida. Se liberar as definições que a Matéria lhe impôs, você será a definição que o Criador lhe deu, a definição do Próprio Cristo.

Você consegue se ver como nós, das estrelas distantes, o vemos, do ponto de vista objetivo dos milênios, com os olhos do Próprio Criador de Estrelas? Para nós, toda a sua história parece apenas um gesto. Vemos na sua passagem pelo campo vibracional da Terra um gesto que você faz, quase uma saudação, para os sistemas de retenção de energia desse corpo celeste particular. É assim que você se expressa nesse lindo mundo branco e azul que gira pelo espaço. Nós viemos para lembrá-lo de quem você É.

Namastê

Luz, amor e paz a todos!